Os 7 Orixás da Umbanda – Orixás são divindades. Há três, ou mais correntes que divergem entre si na questão dos Orixás da Umbanda. Uma das correntes afirma que são esses os 7 orixás da umbanda: Oxalá, Ogum, Oxossi, Xangô, Iemanjá, Oxum e Iansã.
Já a segunda corrente tem como seus orixás: Oxalá, Ogum, Oxossi, Xangô, Iemanjá, Iansã e Exu. Na terceira corrente, o entendimento é que os orixás são: Ogum, Oxossi, Xangô, Iemanjá, Oxum e Omulú (o velho) e Obaluaê (o moço), (nessa, Oxalá também é orixá, mas como contém a síntese de todos os orixás é considerado o maior deles, situando-se logo depois de Olorum, o Deus supremo).
Bem, o fato é que são centenas de orixás dentro da cultura africana, e a umbanda no Brasil procurou sintetizar os orixás, seguindo seus principal elementos que os caracterizam, em 7 linhas (ou 7 elementos). Trataremos aqui dos 7 orixás da umbanda no Brasil utilizando uma união entre as 3 correntes acima.
Os 7 Orixás da Umbanda
Oxalá: No sincretismo religioso brasileiro é representado por Jesus. Costumeiramente usa-se uma estrela de 5 pontas como referência a esse poderoso orixá. Oxalá é força do ar, das águas primordiais, detentor do poder da criação da humanidade. Aquele cujo poder determina o fim da existência física, na paz da partida (outra encarnação). Como Jesus, representa tudo de bom e positivo: alma pura, amor, bondade, energias positivas.
Cores: branco ou translúcido (cristalino, como a água puríssima)
Dia da semana: sexta-feira
Ogum: No sincretismo religioso brasileiro é representado por São Jorge. Orixá guerreiro, enérgico, defensor e tenaz. Costumeiramente é sempre evocado por vencer as demandas de quem deposita no orixá sua fé (as batalhas do dia a dia), também lembrado por ser o senhor das estradas, a quem se deve pedir licença e benção para iniciar algo novo. Também representa o ordenamento.
Cor: vermelho (mais habitual) e branco, podem ser combinadas
Dia da semana: terça-feira
Oxossi, ou Oxóssi: No sincretismo religioso brasileiro é representado por São Sebastião. Orixá que é o senhor das matas, que remete à saúde física, energia vital, cura das enfermidades.
Oxossi é também um caçador, mas de corações e espíritos para levá-los à consciência do bem. Tal qual Ogum, é um grande guerreiro e é sempre lembrado nos momentos em que se precisa de uma força sobrenatural para se vencer uma demanda (batalha).
Cor: verde
Dia da semana: quinta-feira
Xangô: No sincretismo religioso brasileiro é representado por São Jerônimo, mas há correntes que unem também Santa Bárbara a Xangô.
É o orixá da justiça, aquele que tanto pode absolver, quanto punir, tudo dentro do discernimento do que é certo e do que é errado. Aos justos a vitória, aos injustos o peso da pena.
Cor: marrom
Dia da semana: quarta-feira
Iemanjá: No sincretismo religioso brasileiro é representado por Nossa Senhora dos Navegantes e também por Nossa Senhora da Conceição, há outras representações, porém essas são as principais.
Considerada a mãe de todos os orixás, a rainha do mar, Iemanjá é o orixá mais conhecido e popular no Brasil. Sua atuação é benéfica à maternidade, à família e ao amor. Sempre lembrada pelas pessoas que lhe ofertam presentes, como forma de agradarem o orixá.
Cor: azul e branco – pode ter prata também
Dia da semana: sexta-feira
Oxum: No sincretismo religioso brasileiro é representado por Nossa Senhora de Aparecida e também por diversas Nossas Senhoras. É o orixá do amor, da complacência, da fertilidade, da reprodução, portanto é o orixá das mulheres.
Limpa os ambientes deixando somente energias positivas. Evocada sempre pelas gestantes, é protetora da juventude, como uma mãe, que protege seus filhos e jamais os deixa sem ajuda.
Cor: amarelo/ouro e azul
Dia da semana: sábado
Iansã: No sincretismo religioso brasileiro é representado por Santa Bárbara. Orixá das transformações, das mudanças, como rainha das tempestades, raios e trovões, que quando desabam modificam tudo, é evocada sempre quando é preciso mudar radicalmente de vida, ambientes, trabalho, intelecto.
Como outra orixá guerreira, tem o grande poder de anular o mal, desfazendo bruxarias, encantamentos e feitiços.
Cor: amarelo/ouro
Dia da semana: quarta-feira
Omulú ou Obaluaê: No sincretismo religioso brasileiro é representado por São Lázaro, ou São Roque. Temido orixá por ter poder da saúde, da cura, mas também das doenças e da morte física.
Porém, a morte física apenas promove a mudança de um estágio menor para um de maior valor. Simboliza transmutação, nem sempre necessariamente a morte física, mas a mudança radical de um estágio para outro. Evocado por doentes e familiares de doentes é o orixá da evolução.
Cor: preto e branco
Dia da semana: segunda-feira
Fontes: