O anjo prepara os elementos vitais do destino já antes do nascimento de um indivíduo. A busca dos pais certos, no momento certo e no local certo, é uma tarefa típica do anjo neste estado preparatório da encarnação, destinado a encontrar determinada constelação complexa de elementos sociais, culturais e genéticos que se ajustem às necessidades de desenvolvimento do Eu que está por encarnar.
No Novo Testamento é relatado como Maria recebe, e compreende, a mensagem de um anjo que lhe faz a anunciação. Uma experiência semelhante parece hoje uma fantasia para o comum dos mortais, mas as investigações da psicologia pré-natal demonstram que, em todo o mundo, cada vez mais pais sentem uma premonição acerca da chegada de uma criança.
Quando não embrutecidas por circunstâncias exteriores negativas, as próprias crianças parecem demonstrar uma habilidade especial para sentir a presença dos anjos, como se tivessem uma “linha telefônica” normal com o mundo espiritual, conforme disse Rudolf Steiner já em 1920, na sua conferência sobre a missão da nova cultura espiritual no mundo.
Isto é facilmente compreensível, se considerarmos que as crianças praticamente “acabaram de chegar do lado de lá”, onde viveram em estado puramente não-sensorial e em total intimidade com as mais variadas hierarquias angelicais, antes de serem conduzidas para o mergulho na matéria.
Durante os primeiros três anos de vida o anjo envolve e permeia por completo a existência infantil, trabalhando afincadamente na substanciação do seu Eu. A criança está nesse período virtualmente mergulhada numa atmosfera espiritual. Muitos sábios até já disseram que se pode aprender muitíssimo da pura observação detalhada de uma criança de tenra idade.
Com 3 anos, a criança começa a dizer “eu” e em seguida começam a trabalhar nela os elementos específicos do destino, a caminho da vida adulta. Mas a relação com o anjo permanece especialmente forte ao longo da infância, até aproximadamente a puberdade. Por isso é recomendável e saudável manter uma espécie de “cultura do anjo” na idade infantil.
É espantosa a força espiritual positiva desencadeada, e o trabalho de consolidação da personalidade de uma criança, quando os pais cultivam o hábito de um verso ou ‘oração’ ao anjo, formulado antes do adormecer (está na memória uma das fórmulas mais singelas conhecida em Portugal: “Anjinho da guarda, minha doce companhia, guardai-me esta noite e amanhã todo o dia”).
A formulação exata não tem importância, e também não se trata aqui de inculcar hábitos ‘religiosos’ na criança. Uma criança é por si já culto e religião suficientes. As investigações simplesmente demonstraram que as crianças educadas numa atmosfera de respeito e recato perante (pelo menos) esta dimensão da realidade espiritual, desenvolvem-se mais saudavelmente em termos físicos e psíquicos, e aprofundam melhor a identificação com o seu destino como futuros adultos.
Quadros e pinturas de anjos não são seguramente objetos destinados a alimentar uma irracional crendice ou idolatria, mas sim valiosíssimos elementos artísticos que ajudam a sugerir a essência de uma presença espiritual universal, ativa de maneira positiva e permanente na vida de crianças e adultos.
Fonte: parte de artigo publicado na revista Crescer. Lisboa, dez. 1995, p. 47-51. Disponível em:
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